segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Sentir e entender


Hoje quero falar sobre algo que muitos sentem sem saber, outros sabem sem sentir... hoje quero falar daquilo que é um mistério para muitos, e que nem a ciencia consegue explicar ... hoje quero falar de algo que muitos, no momento, nao estao sentindo, mas entendem, e que eu, no momento, dexei de entender, mas sinto...

AMOR

Uma simples palavra que leva a tantas coisas... quatro letras que escondem o complexo de uma vida inteira...
Desde pequenos tal sentimento compõe nossas vidas... amamos primeiramente aqueles com quem vivemos, sejam eles quem for... os amamos... mas depois, quando começamos a conviver com outras pessoas, quando começamos a criar amizades, as vezes surge algo muito proximo ao amor, mas ao mesmo tempo tao diferente do amor... nos apaixonamos... e aquilo chega a ser tão intenso, que se confunde com o amor... mas não é...
A paixão é passageira... o amor não... o amor fica, te alegra e te entristece ao mesmo tempo... o amor te confunde... há quem o chame de paraiso, há quem o confunda com o inferno... afinal, quantos já não falaram da dor do amor, a dor de amar alguem... afinal, amar é sofrer, e não há mais belo nem mais cruel sofrimento do que o amor...
O amor é feito de fases... quando criança, amamos sem entender, com o passar do tempo, começamos a entender, sem amar, apos essa fase, as pessoas se dividem, há quem ame, há quem entenda...é dificil achar alguem capaz de ambos...mas há quem consiga...
No momento, não sei se realmente sinto, ou se entendo.... mas gostaria de entender mais e sentir menos... coisas concretas são mais simples do que as abstratas... entendo o desenho de uma casa, mas nao entendo os rabiscos que representam seus moradores... gosto de resultados certos e formulas... não gosto de humanas... Entretanto, não há como evita-lo, como dar fim a ele... é como se tivesse vida própria... e obedece somente a si...
Há quem grite seus amores, outros os deixam subentendidos ... quero meu amor na medida certa para que os poucos o entenda, e para que meu alvo possa ouvir, e ninguem mais... não quero minha vida anunciada, mas não quero minha vida em silencio... quero moderação...
Queria poder dizer que é simples, mas o amor é como uma criança autista que vive em seu próprio mundo... não há quem interfira.... e por mais que não queiramos, ele é resistente... ele é corajoso... e ele fica quando quer ficar, e vai embora quando quer ir...
É estranho eu estar aqui falando de algo que, apesar de sentir, evito falar, mas é que hoje eu estava com raiva ...e por mais estranho que seja, uma coisa leva a outra... hoje não terminarei com uma reflexão ou qualquer outra parte... hoje, muito mais do que uma conversa com voce, caro leitor, hoje foi um desabafo... hoje só queria acabar com o odio de dentro de mim...

sábado, 5 de dezembro de 2009

Acabou!


Acabou... tudo aquilo que era certo na vida, tudo aquilo que era nossa principal obrigação... acabou. Hoje foi o último dia de aula (apesar de ainda faltar duas semanas...) de qualquer forma, a festa foi hoje... e de todos os anos que eu vi os terceiros fazendo bagunça, gritando, cantando, chorando... esse ano foi a minha vez. Gritar, cantar, chorar, batucar, tudo o que se tinha direito, tinha-se o direito de tudo, mas depois de tudo isso e mesmo durante tudo isso foi possível ouvir vozes, agora restam os ecos, da simples, porém pertinente, frase: "Acabou finalmente, mas e agora?". Isso, creio eu, ser o principal motivo do choro ( do qual não compartilhei... talvez, eu não tivesse motivo pra chorar...), afinal todas as pessoas, todo aquele caminho já percorrido por outros, sempre o que restou foi algo como "te vejo no ano que vem" mas e agora? Os amigos, obviamente ficarão, mas e os simples "colegas"? Aqueles com os quais voce falava na cola de uma prova, ou apenas lhes desejava um bom dia, e agora? Quer dizer então que isso é uma espécie de adeus aqueles que conviveram contigo durante pelo menos um ano. É estranha a sensação de não saber o que vai acontecer no ano seguinte, não ter mais a certeza do que virá... é tão estranha, mas ao mesmo tempo, essa dor que é causada, traz um certo ar vitorioso, afinal, todos nós acabamos, e isso é uma vitória... agora só nos resta o que virá. Quanto aos amigos, não haverá distancia que separe os verdadeiros, por isso não vi motivos para a despedida hoje, nunca vou deixá-los, mas as rodas de truco, o sistema de cola, ou simplesmente o fato de sentarmos lado a lado, mesmo que para dormir... isso sim fará muita falta... mas é uma coisa que não há como se despedir...
Todas as fases na minha vida escolar me marcaram... quer dizer, eu era louca pra entrar no colégio, estudar... e como eu tinha inveja do meu irmão por ele poder ir a escola e eu ainda tinha que esperar dois anos pra chegar lá...
Minha primeira (e única) festinha no colégio, na pré-escola... a sacola cheia de presentes que eu ganhei... as pessoas que eu conheci e com as quais dei meus primeiros passos longe de casa... meu primeiro ano na escola foi uma prévia do futuro... me lembro como se tivessem acontecido ontem ... mas as despedidas começaram a partir daquele ano... primeira, segunda, terceira, quarta-série, primeiro amor ( se é que se pode chamar de primeiro amor... mas na época parece realmente forte), e as pessoas foram indo embora, até que a minha primeira fase terrível chegou, depois de tanta gente indo embora, foi a minha vez de ir...
Conheci novas pessoas, muitas com as quais ainda mantenho contato, reencontrei outras pessoas... ainda era época de brincar, quinta e sexta-série foi a época do parquinho de areia... no intervalo, na hora da saida, estávamos sempre lá brincando, nos divertindo, sem saber o que ainda estava por vir...
Novamente mudei de colégio... mais preparada dessa vez... sétima (onde conheci o que são os amigos pra toda a vida) oitava, primeiro, segundo, terceiro colegial, pra muitos finalmente o terceiro, entretanto, pra mim não era assim o tão sonhado terceiro ano... Acho que os anos que passei no uni, foram os anos que eu mais aprendi e de todos os três colégios, o que mais cultivei amigos (não que não o tenha nos outros)...
Foi lá que surgiram meus grupinhos Almas Entediadas, EM-MOON e as outras rodas de amigos que não foram nomeadas... Todos... que eu não vou citar nomes para não haver exclusão... todos marcaram minha vida... todos contribuiram para o meu crescimento... para o meu amadurecimento... e agradeço à todos por isso.. não só colegas de escola, mas a professores (os quais nunca simpatizei com todos, mas tem aqueles que farão falta, até mesmo aqueles de história que parecia que viveram tudo aquilo pra me contar.. e todos os outros que tanto me ensinaram e me divertiram ao longo dos anos...) , inspetores e tios seguranças com os quais passei longas tardes conversando...
Não vai ser fácil daqui pra frente... e pra ser sincera, só não estou chorando ainda, porque ainda não começou a fazer sentido a palavra "acabou"... não digeri o seu significado ainda...
De qualquer forma... valeu a pena... agora resta a luta pelos nossos futuros... e a única coisa que posso desejar é que todos tenham sorte.

sábado, 21 de novembro de 2009

Palavras...

Faz tempo que eu não posto nada por aqui... talvez falta de inspiração, se bem que, inspiração dentro de mim é algo que não me falta, de todas as formas, eu me inspiro, num dia feliz, num dia triste, seja com sussurros de amor ou gritos de ódio. Acho que essa atmosfera me inspira, tudo, do mais simples ao mais complexo, tudo me trás algo a escrever...
Hoje minha mente se mistura num complexo de nostalgia, tristeza, medo, insegurança, receio, mas, não é como era antes, não tenho mais vontade de fugir, de largar tudo o que está acontecendo... não me vem mais a mente a palavra suicídio, não mais... hoje não.
Talvez eu possa chamar isso que esta me mudando de maturidade, afinal, ao invés de desistir, tenho cada vez mais vontade de conseguir, de crescer tudo aquilo que ainda não cresci... de vencer todas as barreira para encontrar, dentro de mim, a felicidade que um dia perdi.
Daquela felicidade de criança... ah, saudosa felicidade simplista, tudo na minha infância despertava sorrisos... que saudade de tê-los estampados em minha face... que saudade...
Eu avisei que estava nostálgica... afinal... todo fim de ano eu fico assim... mas esse ano tá pior... acho que é o fato de que, ao menos pra mim, parece ter alguém com a mão no meu ombro me dizendo algo como: "Pois é... a vida começa aqui... agora você tem que acompanha ela... boa sorte..!"

Agora é assim... o que me resta é ter sorte... e principalmente... correr atrás de tudo o que eu quero... a vida não espera... a vida... começa agora!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Puro otimismo


Estou otimista, não sei em relação a que, ou ao menos o porquê, mas estou otimista. Otimista assim, sem motivo, apenas com uma leve vontade de sorrir, ou até mesmo de gargalhar alto... Talvez tenha sido este dia frio e chuvoso que me deixou assim... contraditório?! Não, serei eternamente apaixonada por dias nublados, chuvosos, frios... mas suporto também os dias ensolarados... De qualquer forma, não estou aqui para falar de condições climáticas... aliás, nem sei para que estou aqui... mas estou... e otimista...
Não sei por quanto tempo durará esse otimismo, afinal, não sei o que o está mantendo aceso, mas farei proveito de sua presença... Hoje, então, tirarei o dia para sonhar... para planejar meu futuro... para ir muito além do que há tempos eu não ia...
Pensando por um momento, descobri o quão nostálgico é este otimismo... afinal, agora me lembro da saudosa época em que eu era criança, que fazia planos pra minha vida... que pensava em tudo que um dia eu gostaria de ter, mas... depois de um tempo... parei de sonhar... Não vem ao caso, hoje estou otimista... De qualquer forma, hoje estou planejando minha vida... e gostaria de compartilhar com alguém...ou talvez não, afinal, quem lê isso?!
Quero arranjar uma profissão que me traga, mais do que dinheiro, felicidade (... não... com plenos 17 anos de idade eu ainda não tenho certeza do que eu quero da minha vida... mas vou correr atrás... )Mas também quero, e vou precisar, de alguma profissão que me de dinheiro, afinal, o mundo é capitalista e meus outros sonhos vão precisar dele...
Quero ter dinheiro para poder dar à minha filha, adotiva (claro... adotiva... se eu puder, mais que uma... afinal... por que motivo eu colocaria outra criança no mundo, se há tantas por ai que o que mais desejam é ter um lar?), tudo o que ela precisar, mas sempre lembrando-a que isso só vai suprir necessidades físicas, mas que seu coração deverá ficar em primeiro lugar...
E depois, da minha filha adotiva, quero ter dinheiro para criar um abrigo para animais de rua, não só abrigá-los, mas tratá-los, e se possível arranjar-lhes um lar.
Quero também fazer a felicidade de crianças carentes, ou idosos de um asilo, quero ajudá-los com doações, materias ou não, quero suprir-lhes a necessidade, principalmente a do coração. Quero me vestir de palhaço (a roupa já está garantida) e contar-lhes histórias, fazer graça. Quero fazer se não todos, ao menos algumas pessoas felizes. Quero trazer sorrisos no meio da tristeza.


Hoje estou otimista... e essa estrela que eu acendi ... ninguém vai apagar!

domingo, 27 de setembro de 2009

Lágrimas

Amo-te no silêncio da noite,
E te desejo a cada segundo que passa.
Mas o amargo da dor me desperta,
E me lembra que outra ainda abraça.
As lembranças ainda vivas em meus pensamentos,
Sussuram os mais belos momentos
.
Revivem na mente a alegria da alma,
E nos fazem sonhar.

Não suficiente, a realidade invade a utopia
,
E desfaz a magia
,
E volto a sofrer,
E volto a chorar
.

Desculpe-me por querer te amar,

Por te desejar,

Por me arrepender das coisas que nao fiz
,
Só desejava ser feliz.


Não quero fazer-te escolher
,
Peço apenas que me concedas mais um breve momento
.
Uma pequena felicidade compartilhada
,
Para que eu possa esperar

Tempos em que livre estejas
,
E para que eu possa sorrir

Ao vê-lo com a sua pessoa amada.

sábado, 26 de setembro de 2009

Tão perto e tão longe

As vezes sinto uma depressão,
Forte, intensa, profunda,
Que me faz perder a identidade,
Que me deixa desnorteada.

Não sei mais quem sou,
Onde estou;
Ou até mesmo porque sou,
Porque estou.

As coisas vão perdendo o sentido,
Vão tornando-se opacas,
Vão descolorindo;
Tudo a minha volta está morrendo.

Nada existe, nada deixa de existir.
Não há o escuro ou o claro.
Não há a verdade ou a utopia.
Não há mais vida nem morte.

O infinito agora tem fim,
E o universo preso em mim explode,
E a dor interna me corroe agora de todos os lados,
E mesmo assim ainda me resta um sorriso.

Um sorriso árduo, porém intenso.
Resta algo ainda dentro de mim,
Uma simples pétala de rosa,
Quase seca porém de cor ainda vibrante.

Ela se destaca em meio ao caos,
Exala serenidade.
Há calma. Há silêncio.
Tudo a sua volta torna-se diferente.

E é isso que me faz sorrir,
A dor que ela me causa
De poder existir
Mesmo não estando ali.

domingo, 20 de setembro de 2009

Lágrima e poesia



De tudo aquilo que se faz especial,
A mim apenas transborda a dor.
Dói o medo de ferir alguém,
Ferir com os espinhos da minha ânsia por felicidade.

Acolha-me deste mar de sofrimento;
Permita-me respirar,
Sorrir, sonhar.
Tranquilize minha alma.

O que há de mais belo no mundo
É o sofrimento.
O que há de mais sofrido
É o amor.

Amo, e da lágrima
Faço poesia.
E da falta de ar que me resta
Volto a amar, para de novo sofrer
Para de novo chorar
E voltar a escrever.