segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Fim de ano


E como todo ano, resta alguma nostalgia, uma inspiração incerta que faz todo mundo querer escrever algo sobre todas as conquistas que tiveram no ano, todas as fases difíceis pelas quais tiveram de passar, enfim, são feitas análises melodramáticas sobre o ano que passou, e milhões de promessas para o ano que virá.
Pois bem, eu resolvi fazer diferente, de repente, resolvi criar asas à todos os meus 'se', deixá-los criar vida na minha imaginação, afinal o que teria acontecido se...?


Se não fosse aquele beijo
Que não lhe roubei
Se não fosse a declaração
Que lhe fiz entre palavras apagadas
Se eu ignorasse tudo
E simplesmente tentasse,
O que teria mudado esse ano?

Se tivesse enviado aquela mensagem
Dito aquelas palavras
Se tivesse te abraçado e te calado
Qual diferença de sentimentos?

Se tivesse escrito mais
Exposto o que pensava para mim mesma
Se tivesse cantando mais
Deixado minhas angústias fora do peito
Como saberia o que sentir logo após?

Se não fosse o meu medo
Que me prendeu debaixo das cobertas
Se permitisse sentir antes
E correr atrás
Se admitisse tudo
Me diz, se você teria se importado?

Se eu não tivesse abandonado um sonho
Em busca de outro incerto
Se eu não tivesse me arrependido
Ou se eu me arrependesse mais
Se eu fiz tudo certo
Ou se errei demais
Quem vai me dizer o que mudar da próxima vez?

Se eu tivesse feito o oposto do que fiz,
Ainda existiriam 'se'?
Se eu não tivesse deixado nenhum 'se' para trás
Sobre o que eu falaria hoje?

sábado, 22 de dezembro de 2012

Não durmo...


As vezes sinto sono mas não posso dormir,
Fechar os olhos é trazer você de volta a minha mente,
Todas as conversas, 
Todos os momentos que nunca tivemos juntas, 
Tudo sonhado perfeitamente pra gente ser feliz.
Não, não quero nem posso mais sonhar.

Dói demais saber que essa utopia vai acabar assim que eu abrir os olhos, 
Ou os fechar.
Mesmo sem te sentir minha, 
Te quero só pra mim
Te quero e te espero com uma esperança nula 
De quem sabe que nunca terá esse amor impossível.

Talvez seja por eu não tentar, 
Talvez seja por medo de amar, mas não te tenho.
Eu sei, nunca corri atrás, 
Nem nunca ao menos tentei,
Mas só de pensar na ilusão que seria, assumir que te amo e continuar sem você,
As vezes as paixões platônicas nos parecem tão mais simples, 
Que prefiro continuar a vivê-las,
Do que te perder sem nunca ter tido.

Um amor tão livre quanto o dos meus sonhos,
Te mimo e te amo a cada passo,
Te tenho só em meus braços
Só pra mim...
Não, melhor não sonhar.
Melhor não dormir.
Basta-me os olhos abertos e sua imagem a minha frente.
Basta sua presença, mesmo que distante.
Basta vê-la sorrir por ela.
Basta vê-la feliz.

Não durmo,
Basta vê-la dormindo para minha noite acalmar.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012


E novamente, depois de um século sem postar nada, e um pouquinho de pressão psicológica pela madrugada, ta aí uma coisa que escrevi em qualquer madrugada perdida quando estava cansada de mim...
Mas vou tentar voltar a manter uma certa frequência de atualizações por aqui...
Bem, segue mais um feito nas minhas madrugadas calmas de mente inquieta...


Mudanças... 

Sempre fui uma criança de muitos sonhos e vontades, 
Sempre tentei manter um astral alto com relação à vida, 
Cresci uma mulher insegura, 
De repente nasci de novo, 
E a vontade que sempre tive, 
Os dias que se passaram, 
Daquela menina sem rumo.
Hoje mulher, 
E ao invés de pontos finais, 


Mas as podas constantes das minhas asas 
Sempre me impediram de voar mais alto.

Mas a falta de sonhos 
Me impedia o sorriso da ilusão.

Com medo do futuro por não saber sonhar, 
E sem sonhos.
Não tinha nada que almejasse tanto 
Que me fizesse batalhar.
Morri sem lutas,
Sem nada na vida, 
Buscando ser o que sempre quiseram de mim,
Mas que nunca consegui atingir 
Por aquela pessoa não ser realmente eu.

E dentro de mim, 
Cada vez mais forte essa vontade de viver, 
Tornei-me eu mesma 
E me joguei no mundo.

Viraram sonhos em busca da realização, 
E esses sonhos, 
Cada vez mais acesos em mim, 
Realizaram a pessoa que me tornei.

Se perderam no passado

Traço meu caminho. 
Tomei as rédeas da situação,
E disse pra Deus: 
"Eu mesma desenharei meu destino, 
Quer queira, quer não!" 

Minha vida tornou-se reticencias e exclamações, 
Para aquilo que ainda tem uma continuação,
E tudo aquilo que realizei, 
Afinal, pontos finais não encerram minha vida!