sábado, 26 de fevereiro de 2011

Eu sou o tempo

Não me confundam,
Minhas previsões não se descrevem
Por sol ou chuva,
Este é o clima.

Não sou eu quem determina
O que vai acontecer,
O que você poderá viver,
Isto é o destino quem faz (ou o acaso),

Eu sou apenas personagem secundário
De infinitas histórias de amor,
Mas não sou eu quem faz as escolhas,
Apenas passo por você e deixo que amadureças.

Mas não me chamem de vida,
A vida tem o tempo,
Mas o tempo não tem vida.
Vivo a vida simplesmente passando.

Ao lado dos ansiosos,
Caminho lentamente.
Ao lado dos calmos,
Passo correndo.

Quando te divertes,
Nem reparas no meu caminhar,
Mas quando estás parado,
Acompanha cada passo meu.

Mas não pense que faço isso
Por pirraça ou maldade,
Porque eu, na verdade,
Sou apenas imutável.

A lembrança faz
Alguns pensarem em mim,
As vezes com ódio,
Pela pressa que passei.

As vezes com saudade,
Dos segundos que marquei,
Enquanto você sorria
E tinha brilho no olhar.

Eu não sou ninguém importante,
Entretanto te faço notar
Tudo aquilo que tem que mudar
Porque eu estive aqui.

Eu sou o tempo,
Um simples acompanhamento
Do ar que infla o pulmão,
Das batidas do coração.

Eu sou o tempo.
Não paro.
Não volto atrás.
Apenas sigo em frente.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Esqueça!

És tão egoista
Me pedindo o impossível,
Me ordenando o que mais dói
Me lembrando ainda mais.

És tão cruel,
Quando me diz para fugir.
Mas a velocidade de meus pensamentos,
Me prende cada vez mais em meu lugar.

Mas és sincero
Quando diz que te machuco,
E queria ser diferente,
Mas sua felicidade não anda comigo.

E mesmo assim,
Digo que te amei.
Com a força que imagina,
Com o sofrimento que me resta.

E cada trilha sua
Agora devo apagar,
Minhas pegadas pelo caminho,
Agora andam sozinhas sem ti.

E mesmo que fujas,
Que cometas erros,
E devolva a dor que lhe causei,
Ainda contigo me preocupo.

E o teu silêncio,
Cheio de palavras,
Sem meu nome,
Me fere profundamente.

Ainda assim, aceito,
Não quero mais me envolver
E me perder
Neste teu mundo caótico.

Mas meu sofrimento não entende,
E te segue com meu olhar,
Cada passo que você dá.
E me junta de novo a ti,
Mas somente em pensamento.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Vício

Meu corpo queima por dentro.
Meu sangue escorre pela alma.
Lembranças de um passado feliz,
Corroem meu presente doentio.

Perdi a vontade de viver,
Entretanto, não tenho pressa de morrer.
Cada segundo,
Cada molécula de oxigênio agregada ao meu ser,
Traz sofrimento sem igual,
E no meu vício,
Me faz suplicar por mais.

O vento gelado em minhas costas,
Traz memórias, que por vezes, gostaria de esquecer,
Mas que também, desejo reviver.
Infidelidade, traindo a mim mesma,
Em pensamentos furtivos.

Não há nada a dizer.
Nenhuma palavra merece liberdade.
Quero-as presas junto a mim,
Me sufocando, me consumindo,
Me corrompendo, me possuindo.

Tornam-se minhas senhoras,
E eu, reles servo,
Às obedeço, e me humilho frente a elas.
Me entrego.

Deixo-as sentirem meus sentimentos
E gritá-los aos quatro ventos.
E quando minhas lágrimas,
Maldita reação dessa dor,
Molham seu papel,
Elas se calam,
Sensíveis a esse toque,
Se desfazem.

Dominando-as novamente,
Guardo no fundo do peito,
Longe de outros ouvidos
Ou de outros olhos.
Tão longe de mim,
Tão perto de meus tormentos.
Caladas novamente,
No infinito dessa dor.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Passos

A cada passo,
Me lembrando daquilo
Que era seguro,
Era mais um segundo que pensava em ti.

Ri sozinha, sentada naquele banco,
Mas também chorei.

Inexplicavelmente,
Necessitava de você junto a mim.
Mas o orgulho que gritava ao meu lado
Me calou.

E então, recolhi-me dentro de mim,
Me protegendo de meus caóticos sentimentos.

E a dor que me cercou e me acompanhou
Em todos os momentos repletos de silêncio,
Vazio dos meus braços.

Ah, essa dor era tão forte,
Que fez em meu coração perdido,
Tempestade e desespero.

E a sua despedida eu gritei,
Sozinha, insana.

E em meu peito,
Sentia a turbulência,
Terror da decisão.

Solidão.
Porque só agora entendi que estive errada.
E que você era minha única resposta,
Alternativa já marcada.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Amnésia

Não posso prosseguir
Com a história que você esqueceu.
Falta-me forças para lembrá-lo de tudo,
Te fazer me amar novamente.

Não sei em que parte do passado
Perdi o amigo que tinha ao meu lado,
Perdi o carinho e o calor dos beijos,
Do amante que estava apaixonado.

Agora restaram conversas banais,
Nada mais de amigo.
Hoje começo a amar outro alguém,
Que ainda se importa comigo.

Cansei das desculpas para falar contigo,
Cansei de tentar te lembrar do sorriso,
Cansei de procurar em ti meu abrigo.
Parto agora sem qualquer juizo.

E as coisas importantes,
Esqueci de avisar.
Esqueci que você precisava saber
Que hoje deixei de te amar.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Somente você


Hoje pensei em te deixar,
Fugir de ti.
Esquecer de te amar,
Ficar aqui.

Hoje machucou a alma
O medo do adeus,
E aos poucos perdia a calma,
Chorando os beijos teus.

Hoje conheci alguém
Que me jurou felicidade.
Hoje quis ver além
E me desliguei da realidade.

E nos passos de outro alguém,
Me perdi.
Mas entendi que não há ninguém
Além de ti.

E entreguei minha vida a você,
E dei a ti todo o meu amor.
E me entregei sem medo de perder,
Tudo aquilo que o tempo nos criou.

Hoje te quero aqui,
Mas não quero nunca mais vê-lo partir.






É isso ai que tá escrito... ou talvez um pouco mais, não sei...
Enfim... as coisas estão se complicando a cada dia que passa...
E a cada dia, menos posso aliviar minha mente com meus textos e poesias... Sempre que puder estarei postando algo... tem feito falta o desabafo.
Até a próxima. o/