sábado, 30 de abril de 2011

Passos ao teu lado

Minha mente sempre distante
Passeia pelo nosso passado,
Vê detalhes do nosso presente,
Sonha com um futuro incerto.

Perdida no meu ser,
Tento manter-me afastada de meus sonhos,
Que suplicam por tua essência,
Que te desejam infinitamente.

Estes passos tortos,
Errados, perdidos,
Dependem agora do seu apoio
Para seguirem em frente.

Essa é a mesma dependência
Que me faz sofrer,
Esse martírio,
Que me afasta de você.

Me explica o que devo fazer
(Não sei mais que caminho tomar.)
Agora que me prendi a você,
Que gostei de ti.
(E até mesmo passei desse ponto.)
Me diz a direção...

Tantas coisas enchem a cabeça,
Invadem o coração.
Tantas frases ainda não ditas,
Tanto silêncio nos teus braços,
Nos teus lábios,
No teu cheiro,
Nos nossos corpos unidos...

Tanto sentimento,
Tanto afeto,
Tanto carinho,
Tanto gostar...
Tanta coisa se transformando,
Tudo virando amar.

domingo, 24 de abril de 2011

Essa tal condição de amar


O que é o amor,
Se não sofrimento?
Dor passível
De um sentimento?

Porque, de tanto te amar,
Foi que chorei.
E por um sonho buscar,
Me machuquei ainda mais.

Por que tem que doer?
Por que fazer sofrer?
Essa falta de um amor,
Esse alguém que eu quero amar.

Oh, pobre coração,
Que caiu nessa ilusão de amor.
Por que acredeitar
Que isso lhe faria bem?

Ah, essa droga de amor
Que me possuiu.
Mesmo que eu não quisesse deixar entrar,
Mesmo assim, fazendo me apaixonar.

Mas, pior do que te desejar,
Pois sei que te amo,
É quando acordo sem te querer,
Sem sentir necessidade de você.

Por que tens que ser confuso,
Me fazendo depender de alguém
Que nem ao menos faz parte de mim,
Da minha história?

Por que tens que ser intenso,
Fazer rir e chorar,
Odiar e amar?
Por que me fazes sentí-lo?

Esse amor caótico em meu peito,
Esse distúrbio que causa em minha mente,
Essa necessidade de sofrê-lo,
Essa vontade de vivê-lo.

Alguém por favor me explique,
Me ensine o que é amor,
O que é amar.
O que é precisar de alguém
Mais do que o próprio ar
Que preciso respirar.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Suicídio

Da vista perfeita,
Faço minha eternidade.
Pulo do abismo,
Vôo em direção ao infinito.

Respiro fundo.
Não tem mais volta.
Aqui encerro minha peça.
Meu último ato.

Não mais cenas.
Nenhuma atuação forjada.
Nenhum papel feliz.
Afogando minhas mágoas.

Não mais dor
Longe de qualquer sofrimento
A lâmina cortando
Minha última chama apagada.

Todo remédio que me silenciou.
Toda vida que não mais respirou.
Todo fim.
A um passo
Do abismo.