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Amo-te no silêncio da noite,
E te desejo a cada segundo que passa.
Mas o amargo da dor me desperta,
E me lembra que outra ainda abraça.
As lembranças ainda vivas em meus pensamentos,
Sussuram os mais belos momentos.
Revivem na mente a alegria da alma,
E nos fazem sonhar.
Não suficiente, a realidade invade a utopia,
E desfaz a magia,
E volto a sofrer,
E volto a chorar.
Desculpe-me por querer te amar,
Por te desejar,
Por me arrepender das coisas que nao fiz,
Só desejava ser feliz.
Não quero fazer-te escolher,
Peço apenas que me concedas mais um breve momento.
Uma pequena felicidade compartilhada,
Para que eu possa esperar
Tempos em que livre estejas,
E para que eu possa sorrir
Ao vê-lo com a sua pessoa amada.
As vezes sinto uma depressão,
Forte, intensa, profunda,Que me faz perder a identidade,
Que me deixa desnorteada. Não sei mais quem sou,Onde estou;Ou até mesmo porque sou,
Porque estou. As coisas vão perdendo o sentido,
Vão tornando-se opacas,
Vão descolorindo;Tudo a minha volta está morrendo. Nada existe, nada deixa de existir.
Não há o escuro ou o claro.Não há a verdade ou a utopia.Não há mais vida nem morte.O infinito agora tem fim,E o universo preso em mim explode,
E a dor interna me corroe agora de todos os lados,
E mesmo assim ainda me resta um sorriso.
Um sorriso árduo, porém intenso.
Resta algo ainda dentro de mim,
Uma simples pétala de rosa,Quase seca porém de cor ainda vibrante. Ela se destaca em meio ao caos,Exala serenidade.Há calma. Há silêncio.Tudo a sua volta torna-se diferente.
E é isso que me faz sorrir,A dor que ela me causaDe poder existirMesmo não estando ali.
De tudo aquilo que se faz especial,
A mim apenas transborda a dor.
Dói o medo de ferir alguém,
Ferir com os espinhos da minha ânsia por felicidade.
Acolha-me deste mar de sofrimento;
Permita-me respirar,
Sorrir, sonhar.
Tranquilize minha alma.
O que há de mais belo no mundo
É o sofrimento.
O que há de mais sofrido
É o amor.
Amo, e da lágrima
Faço poesia.
E da falta de ar que me resta
Volto a amar, para de novo sofrer
Para de novo chorar
E voltar a escrever.