quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Outra estação



Olhe a primavera lá fora
Não és capaz de enxergar
As flores abrindo?

Os pássaros cantando?

Por que essa luz cinza
Ofuscou tua vista?

Por que deixaste estas gotas ácidas
Queimarem teus olhos?

Sinta o perfume,
O néctar das flores.
Feche os olhos
Para enchergar as cores.

Olhe a primaver lá fora
E note que como ela, tua vida vai embora
Olhe a primavera lá fora
E veja que tua vida não vigora.

Tente sentir os raios solares
Através dessa camada densa de tristeza.
Tente aquecer um coração
Enquanto o mundo chora lágrimas corrosivas.

Olhe a primavera lá fora
Ela ainda não está pronta
Olhe a primavera lá fora
Ela está tentando apagar o frio do meu inverno,
E reviver aquilo que o meu outono matou.

Olhe a primavera lá fora,
Ela não me traz esperanças,
Porque eu sou apenas
Uma flor fora da estação.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Solidão


Aquela história de que alguém é capaz de sentir-se só mesmo estando na presença de muitas pessoas, muitos amigos, realmente existe.
Hoje, no meio de tantas passoas com quem passo o tempo, me divirto, sinto tua falta, senti-me solitária. Dentre todas, desejei tua presença ao meu lado, deitado no meu colo como as vezes fazia, ou talvez não, poderia estar do outro lado do onibus, nem precisava falar comigo, nem precisava olhar pra mim.
Só a tua presença me bastava. Saber que você estava por perto, saber que, a qualquer hora, seria só olhar para o lado ou para onde fosse, que eu poderia te ver, e absorver tua essência.
Mas hoje você não está aqui, e eu me sinto solitária, mesmo na presença de meus amigos. De todos os rostos, luto para enxergar o teu, e relembrar teu sorriso. Fico tentando imaginar tudo que teria acontecido, e que talvez pudesse estar acontecendo agora.
Quero você ao meu lado, seguir contigo nessa estrada silenciosa. A paisagem do lado de fora da janela, o sol nascente, as montanhas arborizadas, tudo está incompleto sem você.
Não quero mais ter que reformular seu rosto em minha mente, imaginar ações... não quero mais chorar sem você pra me ajudar a secar minhas lágrimas...
Eu... te quero aqui comigo... preciso de você... sua presença... seu ar... para poder continuar a respirar.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um pouco

Está chovendo la fora,
E está tão frio.
E este frio faz sentir-me vazio,
E por um momento me faz desejar-te agora.

As lágrimas vão saindo descontroladas,
Deixando em seu rastro a marca de dor.
Queria que existisse contos de fadas,
E nele viver a verdade do amor.

Suas lembranças vão e voltam em minha mente
E me deixam perdida.
Preciso de você eternamente.
Preciso esquecer da última despedida.

Tudo ao meu redor te acende em mim,
Todas as sensações me remetem a você.
Preciso do teu toque.
Preciso do teu calor.

Teu cheiro ainda impregna minha roupas,
Tua imagem ainda ocupa os meus pensamentos.
Preciso me livrar do teu mundo.
Preciso apagar tuas lembranças.

A vontade de te ter por perto, de te ter de novo,
Compete com a dor que sinto em meu peito
A cada batida do coração,
A cada resquício desta paixão.

Quantas vezes será permitido que eu cometa o mesmo erro?
Quantas vezes vou poder voltar atrás?
Quanta felicidade eu tenho para superar a esta dor que me cerca?
Quanto vale a falta que me faz?

Essas respostas soam silenciosas
Como que me fizesse ignorá-las
Falando-me que não adianta tentar apagar
Aquilo que pra sempre irei desejar.


Um pouco porque isso é só parte do universo que sinto dentro de mim... um pouco porque tem coisas que eu sinto que não podem ser ditas, pois não há palavras que as descrevam... um pouco porque o pouco já me sustenta..
Fazia tanto tempo que eu nao postava nada aqui.. excesso de trabalho faz mal à saude.. ainda mais quando eles não dão certo -.-'
Enfim.. escrever me faz bem.. me faz,não esquecer os problemas, mas interpretá-los, vivê-los e enxergá-los de outra forma... seja ela mais amena ou mais sofrida...
Bem é isso... Até a próxima, que eu espero que não demore..

sábado, 4 de setembro de 2010

De novo você

Ontem eu chorei,
Pensando em tudo que eu passei,
Nas lembranças que deixou
Aquele que me amou.

Hoje amanheci,
Novamente pensando em ti,
Nos carinhos que trocamos
E nas lágrimas que juntos derramamos.

É difícil entender
Como todo aquele amor,
Aquilo que me fez querer viver,
Agora causa-me tanta dor.

É difícil suportar
A saudade em meu peito,
A vontade de te amar,
Mesmo sabendo que não tem mais jeito.

Queria àquela tarde poder voltar,
Tê-lo em meus braços novamente.
Queria teus lábios poder beijar
E mais uma vez amar-te intensamente.



Nhaa... tava fuçando a minha pasta e achei esse (apesar de que eu tenho a impressão de que já postei ele em algum lugar...). Enfim... tá um lixo - como todos os outros - mas eu postei ^^"
Não... eu não tenho nada de útil pra dizer hoje... deveria ter deixado só o poema mesmo.. mas agora eu já escrevi tudo isso... o título ficou um lixo (tem faltado criatividade pra escolher titulos...) se eu achar um melhor eu arrumo depois....
Em breve postarei uma música (se bem que eu to falando isso desde o começo do ano... ) e postarei tambem dois poemas que fiz em parceria com amigos, e se ficarem bons, postarei uns textos que eu tenho que fazer pra aula de educação ambiental...

Até mais o/

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Vão

Esta noite tive um sonho ruim,
E acordei pensando em ti.
Desejei te ter ao meu lado
Supliquei pela tua proteção
E chorei na solidão

Pela manhã, meu coração vazio
Palpitava silencioso.
Buscando respostas pro sorriso perdido,
Buscando lembranças do seu último carinho,
Sofrendo a saudade do seu beijo.

Lembro das noites frias,
Em que, deitado no meu colo,
Deixava-me afagar seus cabelos,
E sentir teu cheiro,
E desejar seus desejos.

Ainda guardo na memória
Todos os momentos,
O primeiro toque dos lábios,
A surpresa no olhar,
O sorriso no rosto.
E o tempo parou.

Ah, como seus braços eram envolventes,
Como o seu carinho me acolhia,
E o ardor do seu hálito,
Que encontrando minha pele,
Me aguçava os sentidos.

Como faz falta os seus sussuros em meu ouvido
O contato da pele...

Mas agora em seu lugar
Resta apenas o silêncio
E o abraço que me aquecia
Se desfez, deixando apenas
As marcas de seus passos
Neste corredor vazio.