sexta-feira, 29 de julho de 2011

Música


Quantas emoções me trazem os concertos
Acordando sonhos,
Que dançantes,
Acompanham o ritimo de cada compasso.

Quantas dores me trazem
As notas soltas no denso ar,
A saudade escondida no som
Perdido entre o silêncio e o grito.

E as notas que penetram na alma,
E a música que vive em meu ser,
E toda a atmosfera vazia que tenho vivido,
E todo silêncio sofrido que tenho chorado,
Toca-me os sentidos,
Afaga-me no peito a sensação de angústia,
Forma-me na mente uma concentração
Tão desconcentrada,
Perdida,
Viajante...
Vagando por entre os tempos,
Alternando-se de passados e futuros,
Sonhando com o presente que já vivi.
Acordado num passado que
Somente existirá
Quando esta música
Não for mais um pesadelo
Dentro do mais calmo sonho
Daquela criança que se perdeu
Do intuito da existência.

sábado, 23 de julho de 2011

Confissões em prosa

Parte I - Sobre amores, saudades e música.

Sabe quando você encontra aquela pessoa especial, que faz teu coração bater descompassado, que lhe dá um nó na garganta... que te deixa sem saber como reagir? Aquela pessoa culpada das tuas noites em claro, dos teus dias apagados, da cabeça avoada?
Sabe quando a distância é grande e a saudade dói? Quando você olha pra trás e vê que deixou de lado aquilo que podia estar contigo até hoje?
Sabe o que é se arrepender toda vez que você cogita a ideia de felicidade perdida?
Sabe a sensação do vazio que fica...?
Todo mundo já deve ter passado por algo assim pelo menos uma vez na vida, e se não passou, é bem provável que encare esse problema alguma
hora... e todo esse afeto, e arrisco-me a chamar até mesmo de amor, causa uma dor imensa perante a saudade.
Mas dessa vez não venho aqui falar de um amor perdido, ou ao menos, não do tipo de amor que você, caro leitor, deve estar imaginando.
Falo da dor que me corrói todas as vezes que vou atrás das coisas me trazem lembranças ... eu sei que isso não ficou bem claro... vamos direto ao ponto.
Cada compasso, cada nota, até mesmos as vírgulas que marcavam a respiração me fazem falta. A tão difícil partitura em clave de fá, o fôlego que as vezes faltava. O cantinho reservado para emanar a música...
Sim, é dela que eu falo... e é incrível como sinto falta daquelas tardes de estudo, de dedicação à um instrumento que eu nunca havia sonhado em tocar, e que tão rápido como constituir esse sonho, foi minha devoção à ele, e meu sonho de ir além.
E realmente, como muitos diziam, tocar um instrumento é quase um casamento com o mesmo, passa-se tanto tempo com ele, e somente com ele, descobrindo cada detalhe aos poucos, e aprendendo a lidar com ele, e amando estar na sua simples presença, sem necessitar de mais nada.
Era exatamente assim que me sentia.. completa.
E agora, a cada concerto que eu ouço, a cada solo de trombone que assisto, sinto falta, e um imenso vazio dentro de mim.
A música fora a minha alma gêmea, e sonho em um dia poder reencontrá-la dentro de mim e conseguir expor com a ajuda daquele que, infelizmente, por pouco tempo, fora meu companheiro.
Um sonho que um dia pretendo realizar.

E é basicamente isso, caro leitor, hoje resolvi compartilhar um pouco dessa angustia dentro de mim, dessa saudade, dessa chama que um dia espero reviver.
Até a próxima o/

terça-feira, 19 de julho de 2011

Jogo da vida

Tudo na vida depende de suas escolhas
Mas não basta saber fazê-las,
É impossível saber tudo,
Saber qual é a próxima resposta
Da pergunta não pronunciada,
Mas, basta tentar.
Andar no escuro.
Arriscar

E é assim,
Jogando diariamente,
Que se vive a vida.
Intensa.
Alguns acertos.
Muitos erros.
E, mesmo que de uma maneira conturbada
Você sempre supera.
Sempre sorri,
E dá mais um passo,

De certa forma,
Sinto-me mal por quebrar
Aquilo que chamam de esperança
Mas não consigo afundar ninguém
Em ilusões.
No meu mundo de meias verdades,
Ou se tem tudo
Ou não há nada.



É isso ai... há algum tempo escrevi um texto que surgia no meio de conversas com diferentes pessoas, as vezes pelo msn, outras tantas pelo face ou mensagens por celular, e era incrível como os assuntos batiam, e algumas coisas que eu pensava, postava no twitter... no final... deu pra juntar tudo e deu nisso xD

Até a próxima o/

domingo, 17 de julho de 2011

Reinventar

Agora,
Retorno meus passos
No meu caminho certo
Naquele rumo esquecido

Vou me refazendo
Pouco a pouco
Sem pressa de me ver inteira
Sem reinterar meus erros
Sem voltar pelo caminho fechado para mim.

Vou voltando a ser eu
Somente eu.
Ou talvez não volte
Não me refaça,
Mas me reinvente
Para ser o novo
Para uma felicidade diferente.

Não quero errar novamente
Ou talvez não tenha havido erros...
Não houveram.
Cada passo,
Vale a pena.
Cada laço,
Se eterniza.
Na minha alma.
Me faz mais calma.
Me fez crescer.

Agora,
Novamente remonto minhas ideias
Novamente organizo os meus dias.
Alegre como sempre
Talvez muito mais feliz
Disposta a arriscar
Agora
É tudo ou nada
Até a hora
De ter de me reinventar novamente.



É como diz a música:
"Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo"

Mais ou menos isso. Pra sempre uma metamorfose ambulante! Até a próxima o/

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cartas nunca destinadas

Pra não pensar em você... só pensando em ti - 2ª carta

E só agora que eu consegui parar
E pensar em tudo.
E é nesses momentos,
Esse vento frio lá fora,
Esse vazio dos meus dias pacatos
Sentindo a falta de tua presença.
Do teu gosto.
Do teu apreço.
Teu abrigo infinito
De todos os meus medos.
Das minhas angústias
Decorrentes desses dias caóticos.
Sinto tua falta.

Talvez não o sinta verdadeiramente,
Ou simplesmente não deseje sentir,
Talvez seja só uma etapa
Desse maldito inferno astral
Que me corrói ano a ano,
Que envelhece minha alma.
Mesmo assim,
Hoje preciso de ti.

Do teu rosto sereno,
Da calma do teu ser,
Dessa atmosfera ao seu redor,
Do ar que respirava ao teu lado
Hoje,
Tudo me falta.
Nessa noite fria
Que me lembra do abrigo de teus abraços.

Hoje não gostaria de sentir
Esse desespero do espaço sem ti
Em meus braços,
Mas não consigo evitar,
Hoje você me faz tanta falta
E pensar em você...
Me faz tão bem
O mal que me causa suas lembranças.
Não quero mais pensar em nada.
Nada além de ti.

Deixa-me adormecer por um instante
Nos teus braços.
Deixa-me flutuar mais um momento
Nesta utopia.
Deixa-me chorar a falta que me faz.
Alimenta-me mais uma vez a alma
Com o teu carinho.
E deixa-me sofrer depois,
Por noites e noites,
Até que eu não pense mais em você,
Mesmo pensando sempre em ti.