segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Amizade


Amizades assim,
Que não se explicam,
Que não se escrevem,
Que brigam
Mas que nunca esquecem.

Que sempre amam,
Que não se falam,
Mas que sempre sentem
Uma saudade inigualável.

Que dão um passo a frente,
Mas que nunca recuam.
Que apontam os defeitos,
Que dão conselhos,
Um ombro amigo,
Um abraço à distância,
Uma vida de sorrisos

Caminhos coloridos,
Conversas intimas,
Sorrisos envergonhados.

Amizades assim,
De amor imensurável,
De carinho interminável,
De apelidos carinhosos
Que só a gente entende.

De promessas de futuro,
De beijos e abraços.
Sinceridades tecida lado a lado.
Amor costurado em conjunto.

Amizades assim,
Eternas,
Como eu e você.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Sussurro

Essa agonia,
Esse desespero,
O sangue pulsando
Na marca do tapa,
De vermelho ofuscante,
Escondendo a maquiagem borrada
Pelas lágrimas frias,
Que ainda escorrem pelo rosto.

As mãos trêmulas,
Escrevendo desesperadas,
Enquanto a dor da agressão
Machuca a alma,
Os ouvidos,
E sangram nos olhos,
Que não são capazes de enchegar
Onde houve o tropeço
Que desemcaminhou a vida vazia.

Palavras receosas
Sendo cuspidas
Num sussurro suicida,
Assassino,
Voraz e totalmente irracional,
Leva-me minha vida
Sucumbindo a necessidade de oxigênio
Me entorpecendo,
Me apagando,
Me roubando aos poucos
A minha existência,
Sem se completar,
Para manter-me sofrendo dia a dia
Na vontade de sumir
Ou de me tornar silêncio.

Palavras já confusas,
Abatidas pelo cansaço,
O sono, antes,
Da criança ativa
Brincalhona,
Hoje, da adulta forçada,
Sem esperanças,
Sem vida,
Sem mais nada,
Só ela, e a dor,
E o desespero,
As lágrimas derramadas no banheiro.
Só ela, sem ela.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Silêncio

Essas madrugadas,
De temperaturas amenas,
Frias de sentimentos,
Cheias de vazios.
Lágrimas secas.
Olhares perdidos.

Em companhia do nada.
Nenhum amor para sofrer,
Nenhuma dor para gostar de sentir,
Ausente de mim,
Arrastando noites e noites a fio,
Sem pensamentos.
Sem tormentos.
Sem tristes palavras
Para contar-lhe meus momentos
Que agora inexistem.

É um viver sem vida,
Sem aventuras,
Sem ações,
Nada além de... do que que é mesmo que tinha que ser?
Nessa ausência de palavras,
Deixo de existir.
Não há mais versos.
As estrofes não me compõem mais.

Neste andar silencioso,
Neste caminho tortuoso,
Não há luz no meu sol,
Não há beleza no luar,
Não há mais eu na minha vida.

... silêncio .... e é só.


É mais ou menos nesse vazio que me encontro... sem sentir ou sem saber o que sentir... sem precisar de ninguém, nem ao menos de mim para me acompanhar, querendo esquecer tudo o que lembro e tudo que um dia já esqueci. Essa correria, esse não saber o que virá, essa vontade de certas coisas que não sei. De ser outra, de ser algo, de voltar a existir nas minhas palavras, de sentir meus versos, de me fazer em estrofes. Essa ausência de rimas, de prosa, de texto em meu ser vai me apagando, não registro mais o que sou, não sou mais nada e por isso não há registros. Tenho me apagado na ânsia de ser algo e me perco em minhas fugas de ser eu, sem ao menos saber se um dia já fui. Me transformo sem mudar, sou a mesma pessoa diferente a cada dia desse ato de não existir na peça de minha vida.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ciclo desconexo

No silêncio do coração
Batendo sozinho,
Sinto o vazio do peito
Perdendo o amor
Que demorei tanto
A acreditar que existia.

Não sei se me faz bem
Deixar de lado
A necessidade de te ter
Junto a mim.

É como um vicio,
Que me faz mal,
Mas reluto em abandonar.

Dói te ter
E ter que te deixar.

Esquecer de você
É me desfazer de uma parte minha,
Que se tornou tua.
Viver incompleta.

Mas ficar com você
É deixar a ferida cicatrizar,
Com uma flecha cravada no peito,
Tornando a dor uma eterna parte de mim.

Essa situação caótica,
Essa dependência me mantém presa a ti,
Querendo fugir,
E chegar de volta ao teu lado,
Nesse confuso ciclo contínuo,
Onde se perde o mesmo que se ganha,
E se continua sem nada.

Sofrendo ter o que nunca teve,
Chorando a perda do que não achou.
Amando de novo
O que nunca deixou de amar.


Nhaa... escrevi numa madrugada qualquer... sei-la...
Faz tempo que eu não posto nada por aqui... e cada vez mais vou ficar longe... minha cabeça está perdendo o espaço das palavras escritas no ar, cheia de um vazio que não me deixa sentir nada.
Bem... é isso... espero poder voltar a escrever em breve.

Até a próxima o/

domingo, 14 de agosto de 2011

Pai... o que é isso?


Pai é o super herói, o rei, o mágico...
É aquele cara que sempre reserva um sorriso pra você...
É aquele cara que sempre está ao seu lado...
É aquele cara que comemora as tuas vitórias junto a ti...
E é também aquele cara que te dá força nas tuas derrotas...

Pai as vezes assume o cargo de motorista...
Cozinheiro...
Filósofo...
Mas nunca deixa de ser pai...

Pai é aquele cara que quase sempre ouve um NÃO teu...
Mas que quase sempre te diz SIM...
É aquele cara que sempre tenta te fazer rir...
Que sempre volta a falar contigo depois que você discute com ele...

Enquanto você se preocupa em viver o momento,
Teu pai planeja o teu futuro...

... muitos são ausentes...
... muitos estão do teu lado à todo momento...
... muitos trabalham fora...
... muitos trabalham em casa...
... alguns moram com os filhos...
... outros os veêm só as vezes...

Não importa os tipos de pais que existem...
Todos são pais.

Feliz dia dos pais !



Texto escrito em 09/08/2009.
Alterado para postagem.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Música


Quantas emoções me trazem os concertos
Acordando sonhos,
Que dançantes,
Acompanham o ritimo de cada compasso.

Quantas dores me trazem
As notas soltas no denso ar,
A saudade escondida no som
Perdido entre o silêncio e o grito.

E as notas que penetram na alma,
E a música que vive em meu ser,
E toda a atmosfera vazia que tenho vivido,
E todo silêncio sofrido que tenho chorado,
Toca-me os sentidos,
Afaga-me no peito a sensação de angústia,
Forma-me na mente uma concentração
Tão desconcentrada,
Perdida,
Viajante...
Vagando por entre os tempos,
Alternando-se de passados e futuros,
Sonhando com o presente que já vivi.
Acordado num passado que
Somente existirá
Quando esta música
Não for mais um pesadelo
Dentro do mais calmo sonho
Daquela criança que se perdeu
Do intuito da existência.

sábado, 23 de julho de 2011

Confissões em prosa

Parte I - Sobre amores, saudades e música.

Sabe quando você encontra aquela pessoa especial, que faz teu coração bater descompassado, que lhe dá um nó na garganta... que te deixa sem saber como reagir? Aquela pessoa culpada das tuas noites em claro, dos teus dias apagados, da cabeça avoada?
Sabe quando a distância é grande e a saudade dói? Quando você olha pra trás e vê que deixou de lado aquilo que podia estar contigo até hoje?
Sabe o que é se arrepender toda vez que você cogita a ideia de felicidade perdida?
Sabe a sensação do vazio que fica...?
Todo mundo já deve ter passado por algo assim pelo menos uma vez na vida, e se não passou, é bem provável que encare esse problema alguma
hora... e todo esse afeto, e arrisco-me a chamar até mesmo de amor, causa uma dor imensa perante a saudade.
Mas dessa vez não venho aqui falar de um amor perdido, ou ao menos, não do tipo de amor que você, caro leitor, deve estar imaginando.
Falo da dor que me corrói todas as vezes que vou atrás das coisas me trazem lembranças ... eu sei que isso não ficou bem claro... vamos direto ao ponto.
Cada compasso, cada nota, até mesmos as vírgulas que marcavam a respiração me fazem falta. A tão difícil partitura em clave de fá, o fôlego que as vezes faltava. O cantinho reservado para emanar a música...
Sim, é dela que eu falo... e é incrível como sinto falta daquelas tardes de estudo, de dedicação à um instrumento que eu nunca havia sonhado em tocar, e que tão rápido como constituir esse sonho, foi minha devoção à ele, e meu sonho de ir além.
E realmente, como muitos diziam, tocar um instrumento é quase um casamento com o mesmo, passa-se tanto tempo com ele, e somente com ele, descobrindo cada detalhe aos poucos, e aprendendo a lidar com ele, e amando estar na sua simples presença, sem necessitar de mais nada.
Era exatamente assim que me sentia.. completa.
E agora, a cada concerto que eu ouço, a cada solo de trombone que assisto, sinto falta, e um imenso vazio dentro de mim.
A música fora a minha alma gêmea, e sonho em um dia poder reencontrá-la dentro de mim e conseguir expor com a ajuda daquele que, infelizmente, por pouco tempo, fora meu companheiro.
Um sonho que um dia pretendo realizar.

E é basicamente isso, caro leitor, hoje resolvi compartilhar um pouco dessa angustia dentro de mim, dessa saudade, dessa chama que um dia espero reviver.
Até a próxima o/

terça-feira, 19 de julho de 2011

Jogo da vida

Tudo na vida depende de suas escolhas
Mas não basta saber fazê-las,
É impossível saber tudo,
Saber qual é a próxima resposta
Da pergunta não pronunciada,
Mas, basta tentar.
Andar no escuro.
Arriscar

E é assim,
Jogando diariamente,
Que se vive a vida.
Intensa.
Alguns acertos.
Muitos erros.
E, mesmo que de uma maneira conturbada
Você sempre supera.
Sempre sorri,
E dá mais um passo,

De certa forma,
Sinto-me mal por quebrar
Aquilo que chamam de esperança
Mas não consigo afundar ninguém
Em ilusões.
No meu mundo de meias verdades,
Ou se tem tudo
Ou não há nada.



É isso ai... há algum tempo escrevi um texto que surgia no meio de conversas com diferentes pessoas, as vezes pelo msn, outras tantas pelo face ou mensagens por celular, e era incrível como os assuntos batiam, e algumas coisas que eu pensava, postava no twitter... no final... deu pra juntar tudo e deu nisso xD

Até a próxima o/

domingo, 17 de julho de 2011

Reinventar

Agora,
Retorno meus passos
No meu caminho certo
Naquele rumo esquecido

Vou me refazendo
Pouco a pouco
Sem pressa de me ver inteira
Sem reinterar meus erros
Sem voltar pelo caminho fechado para mim.

Vou voltando a ser eu
Somente eu.
Ou talvez não volte
Não me refaça,
Mas me reinvente
Para ser o novo
Para uma felicidade diferente.

Não quero errar novamente
Ou talvez não tenha havido erros...
Não houveram.
Cada passo,
Vale a pena.
Cada laço,
Se eterniza.
Na minha alma.
Me faz mais calma.
Me fez crescer.

Agora,
Novamente remonto minhas ideias
Novamente organizo os meus dias.
Alegre como sempre
Talvez muito mais feliz
Disposta a arriscar
Agora
É tudo ou nada
Até a hora
De ter de me reinventar novamente.



É como diz a música:
"Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo"

Mais ou menos isso. Pra sempre uma metamorfose ambulante! Até a próxima o/

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cartas nunca destinadas

Pra não pensar em você... só pensando em ti - 2ª carta

E só agora que eu consegui parar
E pensar em tudo.
E é nesses momentos,
Esse vento frio lá fora,
Esse vazio dos meus dias pacatos
Sentindo a falta de tua presença.
Do teu gosto.
Do teu apreço.
Teu abrigo infinito
De todos os meus medos.
Das minhas angústias
Decorrentes desses dias caóticos.
Sinto tua falta.

Talvez não o sinta verdadeiramente,
Ou simplesmente não deseje sentir,
Talvez seja só uma etapa
Desse maldito inferno astral
Que me corrói ano a ano,
Que envelhece minha alma.
Mesmo assim,
Hoje preciso de ti.

Do teu rosto sereno,
Da calma do teu ser,
Dessa atmosfera ao seu redor,
Do ar que respirava ao teu lado
Hoje,
Tudo me falta.
Nessa noite fria
Que me lembra do abrigo de teus abraços.

Hoje não gostaria de sentir
Esse desespero do espaço sem ti
Em meus braços,
Mas não consigo evitar,
Hoje você me faz tanta falta
E pensar em você...
Me faz tão bem
O mal que me causa suas lembranças.
Não quero mais pensar em nada.
Nada além de ti.

Deixa-me adormecer por um instante
Nos teus braços.
Deixa-me flutuar mais um momento
Nesta utopia.
Deixa-me chorar a falta que me faz.
Alimenta-me mais uma vez a alma
Com o teu carinho.
E deixa-me sofrer depois,
Por noites e noites,
Até que eu não pense mais em você,
Mesmo pensando sempre em ti.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cada Face

I- Eu sou um monstro

Quando me olhas
E diz-me do monstro
Que enxergas em mim,
Ferindo o pouco do meu ser
Que ainda é capaz de ter sentimentos,
Afoga-me no seio
O pouco amor que restou.

Não queria ser esse monstro
Que me julgas,
Mas se, para ti,
A minha vida,
Os meus atos,
Lhe são monstruosos,
Então sinto lhe informar,
Mas tudo o que eu farei a ti
Será te aterrorizar.

Arranco de ti
O choro contido.
Arranco de tua alma
A dor reprimida.
Te relembro o trauma
E reabro a ferida.

Porque, pra mim,
Amar é te fazer enfrentar
Seu passado incerto,
Seus medos.

Te faço olhar
O monstro que me tornei,
Para que tenhas medo
De se igualar a este ser
Que hoje possui meus passos,
Que hoje define minha vida,
Sem vivê-la,
Sem senti-la,
Simplesmente empurrando cada suspiro
Até o ponto final,
O encontro com a morte,
O alívio desta eterna dor.
A sua fuga
Deste monstro que criou.


Faz tempo que eu não falo nada por aqui... então ai vai a explicação de Cada Face:
Cada face se refere a cada personalidade que somos feitos, volto a citar Herman Hesse, que me ensinou que um homem possui diversas faces... cada face pretende explorar cada uma delas, que juntas formam as pessoas...
E é isso.. a medida que a inspiração for surgindo nesse imensidão de tempo disponível eu vou postando coisas novas por aqui...

Até o próximo post o/

sábado, 4 de junho de 2011

Depois do fim


Em cada estrofe,
Dessa música que não sai da minha mente,
Está cada segundo,
Cada palavra,
Cada pedaço dos meus momentos.

E naquele abraço
Antes, abrigo dos meus medos,
Agora, simples adeus.
Barreira do choro contido.
Abraço de um amigo.

Até quando vai essa despedida,
De passos vazios,
De silêncios falados?
Até quando vai a sua presença,
Se tornando ausência
A cada dia que passa?

Porque meus olhos me traem
E as lágrimas descontroladas,
Dos pensamentos que se encontram
Tão perdidos em mim mesma,
Apagam meu sorriso,
Desmentem minhas palavras,
Entristecem minha face.

E quando fecho os olhos,
Vem a mente suas palavras,
Ditas, escritas,
Lidas e relidas.
Guardadas no peito.
Gravadas no ar.
Presas na garganta
Me fazendo suforcar.

Rir e chorar.
Fugir e ficar,
Fugir de você,
Ficar contigo
No pouco que resta
Da essência tua
Que guardei comigo.

sábado, 21 de maio de 2011

Segredos da Lua

A segurança que conquistei
Se desfez tão facilmente
Nesta noite de insônia
Do frio da falta de sua presença.

Todas as vezes que traço
Uma linha reta a seguir
Apago por acaso
Techos dessa linha,
Me perco.

Tudo aquilo que estava tão certo
Dentro de mim
Sumiu numa noite qualquer
Nas conversas que jogamos fora.

O que fazer com os rascunhos
Dos planos que tentei criar
Ao teu lado?

Como apagar os rabiscos de corações
Com o teu nome gravado
No meu coração
À caneta?

Porque parece que amar
Sempre traz o sofrer.
Porque sempre que eu me entrego
Eu começo a perder.

E os nossos segredos
Selados junto a lua?
O que fazer com os momentos
Que me ensinou a aproveitar
E que agora estão marcados em mim,
Em minha mente,
Trancafiados em minha alma?

Não era pra ser assim,
Tudo que tivemos
O que mudou no caminho?
Qual pedra que eu não desenhei
Que nos fez tropeçar?

Não era pra ter fim
Era pra ter sido mais
Do que simples sonhar.

E perco mais um pedaço de mim
Mais um pedaço do meu amar
E a lua, antes meu único consolo
Hoje guarda também,
Outro pedaço de mim
Do meu segredo junto de ti,
Daqueles momentos
Que contigo cresci.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cartas nunca destinadas

Pra nunca mais te encontrar - 1ª Carta

Fecho os olhos
Tentando conter as lágrimas
Mas, a dor que sinto em meu peito
Tão forte, cortante...
Faz-me tão mal te ter por perto.
Essa dor lancinante
Que me faz chorar descontrolada
É você quem me causa.

Gostar de ti,
Necessitar de sua aprovação a cada passo...
Sua voz...
Não quero mais ouví-la...
Ela me corta os sentidos...
Me reduz ao nada que você me julga.
Me transforma naquilo que você
Realmente acredita que eu seja.

Diga simplesmente que vai embora,
E, por favor, vá embora realmente,
Prometa pra mim que nunca mais,
Nunca mais vai me olhar
Me julgar,
Me rebaixar ao nada
Como você sempre fez.

Eu juro que tudo o que eu fiz
Tudo o que vivi e realizei até hoje
Foi em busca da sua aprovação...
Mas sei que nunca a conseguirei,
Não é mesmo?
Tudo em mim,
Nada é perfeito pra você.

Será que foi pedir demais
Um pouco do seu amor
Não tudo, mas uma parte de você pra mim?
Tudo que tenho de ti agora
São dores, rancores,
Mágoas que não quero guardar mais.
Mas também não quero ficar sem você.
Não quero te apagar de mim,
Porque sei que, quando não estiver mais aqui,
Fará falta!

Me explica qual foi o erro,
Que eu cometi pra você,
Porque eu tentei de todas as formas
Um jeito de você me desculpar
Mas o pecado que cometi
Você provou jamais ser capaz de perdoar.

Eu peço uma chance em silêncio,
Eu peço um carinho, um abraço
Ao menos um sorriso,
Uma imagem que eu possa pensar
Quando eu partir,
Pra nunca mais te encontrar.

domingo, 8 de maio de 2011

Mãe



De todos os caminhos que andei
E todas as pessoas que encontrei.
De todos os olhos que encarei
É você quem eu mais amei.

De todas as palavras que eu ja li
Daqueles textos que eu nunca escrevi
De todos os poetas, o mais faceiro
Escreveu que ser mãe é ser o mundo inteiro

De todo o jardim que regou
Floresceu somente o amor
E é você mãe
A flor mais linda que brotou.

De todo o mundo que andou
Todos os passos que marcou
Doou tua alma e coração
Exercendo a sua profissão.

Mãe com carinho,
Colos e beijinhos,
Dos filhos pequenos,
Das crianças arteiras,
Dos adolescentes independentes.
Mãe de todas as fases

Mãe em tempo integral,
Que vela o sono,
E acalma o dia.
Que ensina,
Que traz alegria.

Mãe, parabéns pelo teu dia.
Mãe, Minha eterna companhia.
Meu amor de toda vida,
É você minha mãe querida.

sábado, 30 de abril de 2011

Passos ao teu lado

Minha mente sempre distante
Passeia pelo nosso passado,
Vê detalhes do nosso presente,
Sonha com um futuro incerto.

Perdida no meu ser,
Tento manter-me afastada de meus sonhos,
Que suplicam por tua essência,
Que te desejam infinitamente.

Estes passos tortos,
Errados, perdidos,
Dependem agora do seu apoio
Para seguirem em frente.

Essa é a mesma dependência
Que me faz sofrer,
Esse martírio,
Que me afasta de você.

Me explica o que devo fazer
(Não sei mais que caminho tomar.)
Agora que me prendi a você,
Que gostei de ti.
(E até mesmo passei desse ponto.)
Me diz a direção...

Tantas coisas enchem a cabeça,
Invadem o coração.
Tantas frases ainda não ditas,
Tanto silêncio nos teus braços,
Nos teus lábios,
No teu cheiro,
Nos nossos corpos unidos...

Tanto sentimento,
Tanto afeto,
Tanto carinho,
Tanto gostar...
Tanta coisa se transformando,
Tudo virando amar.

domingo, 24 de abril de 2011

Essa tal condição de amar


O que é o amor,
Se não sofrimento?
Dor passível
De um sentimento?

Porque, de tanto te amar,
Foi que chorei.
E por um sonho buscar,
Me machuquei ainda mais.

Por que tem que doer?
Por que fazer sofrer?
Essa falta de um amor,
Esse alguém que eu quero amar.

Oh, pobre coração,
Que caiu nessa ilusão de amor.
Por que acredeitar
Que isso lhe faria bem?

Ah, essa droga de amor
Que me possuiu.
Mesmo que eu não quisesse deixar entrar,
Mesmo assim, fazendo me apaixonar.

Mas, pior do que te desejar,
Pois sei que te amo,
É quando acordo sem te querer,
Sem sentir necessidade de você.

Por que tens que ser confuso,
Me fazendo depender de alguém
Que nem ao menos faz parte de mim,
Da minha história?

Por que tens que ser intenso,
Fazer rir e chorar,
Odiar e amar?
Por que me fazes sentí-lo?

Esse amor caótico em meu peito,
Esse distúrbio que causa em minha mente,
Essa necessidade de sofrê-lo,
Essa vontade de vivê-lo.

Alguém por favor me explique,
Me ensine o que é amor,
O que é amar.
O que é precisar de alguém
Mais do que o próprio ar
Que preciso respirar.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Suicídio

Da vista perfeita,
Faço minha eternidade.
Pulo do abismo,
Vôo em direção ao infinito.

Respiro fundo.
Não tem mais volta.
Aqui encerro minha peça.
Meu último ato.

Não mais cenas.
Nenhuma atuação forjada.
Nenhum papel feliz.
Afogando minhas mágoas.

Não mais dor
Longe de qualquer sofrimento
A lâmina cortando
Minha última chama apagada.

Todo remédio que me silenciou.
Toda vida que não mais respirou.
Todo fim.
A um passo
Do abismo.

sábado, 19 de março de 2011

Maria





O cansaço em seu rosto
Tira-lhe a beleza
Não trabalha
Se escraviza.
Doa o seu corpo
Em troca de um prato de comida.

O brilho de seu olhar
Antes, alegria por sonhar,
Foi substituído pelo reflexo
Do sol quente
Naquela lágrima contida.

Acreditava que sobre a cabeça,
Lá do alto
Alguém olhava por ela.
Mal sabia Maria,
Que lá nada tinha.

Fora cega pela própria esperança
Que a traiu quando criança.
Enxergava do seu futuro,
Um mundo a colorir.
Mas com matauridade,
Não viu nada além da realidade
De cada sofrido dia.
Nada além da morte que já sabia.

Pobre Maria ainda dizia:
"Acredita naquele senhor
Que prometeu que jamais nos esqueceria,
Que logo voltaria"
Pobre Maria,
Mal sabia que era mentira.

E a cada dia que passava,
Mais Maria se empenhava
Ao agrado daquele que a salvaria.
Pobre Maria,
Ainda sonhava com a calmaria,
Pensava que para o paraíso iria.

Cada vez mais dor,
Mais ignoravam aquele vida.
Vida Maria,
Vida dificil,
Dificil todos os dias
Ser a mesma Maria.

Mas a morte lhe acalmou
Salvando-lhe em pensamento.
Pobre Maria
Mal sabia que morreu
Da mesma maneira que viveu
Vazia,
Sem qualquer sentimento.

terça-feira, 8 de março de 2011

Chá com leite

Ei, você,
Você mesmo,
Poderia me servir um chá bem quente,
Talvez um pouco de leite também?

Está um pouco frio hoje
E então, gostaria de beber algo quente
Pra esquecer daqueles lá fora
Sem casa, sem cobertor,
Sem um futuro pela frente.

Oh, chá com leite é uma das minhas bebidas
Preferidas no inverno, sabia?
Será que aqueles na rua
Conhecem o seu sabor?

Se não o conhecem
Deveriam fazê-lo...
Este é um dos meus maiores
Prazeres no inverno.

Mas por quanto tempo,
Ainda fingirei que aqueles deitados no chão
Cobertos com papelão
São como qualquer outro cidadão?

Abro os olhos e vejo
Seus rostos tristes,
Seus olhares perdidos
A fome de condições.

Onde estão suas famílias?
Abandonados, esquecidos
Rejeitados, excluidos.
Onde está o seu amor?

Em que condições vivem,
Perdidos no frio e no calor,
Sem um caminho certo a tomar,
Tendo por companhia aquele cachorro
Tão sozinho e abandonado quanto eles,
Tão necessitado de atenção.
Fome pela vida.

Mas tome mais um gole,
Feche os olhos,
Sinta o líquido quente descendo pela garganta...
Não lhe é reconfortante?

Não mais, agora que viu
Que este simples prazer
Não pode ser de todos,
Não te aquece mais o coração
Que tornou-se gélido frente ao sofrimento alheio.

Há quanto tempo estão lá?
Será que se lembram da vida que tiveram?
Será que tiveram outra vida?
Talvez queiram um gole desse chá...

Por favor, me traga mais uma xícara
De chá bem quente
Talvez com um pouco de leite,
Que eu quero engolir tudo isso que pensei,
Porque por eles, já não sei o que posso fazer.
Além de escrever
Enquanto tomo do meu vício de inverno...


Não tinha reparado que tinha ficado tão grande.. enfim.. chá com leite me faz pensar nessas pessoas na rua... sem destino.. sem vida.. sem um amor para mantê-los... sei-la.. um pouco complicado...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Por de trás daquele vidro

Por de trás daquele vidro,
Vejo a discussão do casal
E o choro da criança.

Por de trás daquele vidro,
Vejo o ódio dos pais
E a dor da infância.

Mas atrás de outro vidro,
Vejo um casal apaixonado a se amar,
Vejo beijos intensos e sinceros
Ao momento eternizar.

E atrás de mais um vidro,
Vejo o olhar adolescente,
Na aula entediante,
E o olhar interessado do adulto estudante.

Por de trás de mais um vidro,
Vejo um cachorro acariciado
Pelo seu melhor amigo.

Mas na frente do mesmo vidro,
Um cachorro abandonado
Procurando um abrigo.

Cada vidro, uma cena,
Mais parece com um quadro.
Cada quadro, uma tintura,
Cada tinta, uma história.

Em cada história faz-se um drama,
De um simples observador.
Em cada olhar, escrevo a vida,
Poetizando cada dor.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Nublado

Distante,
Perdida em algum lugar,
Os pensamentos voam sem rumo,
Buscando você
No espaço vazio dos meus braços.

Sinto falta da sua essência.
A abstinência da sua presença
Faz-me desespero,
Falta de ar,
Suplico pelos teus lábios a me guiar.

De olhos fechados ,
Em direção ao abismo,
Me entrego à queda-livre,
E busco o seu corpo para me recolher.

Morro no teu olhar,
No medo de te encarar,
De me perder em teus olhos,
De me entregar,
E amar-te novamente.

Fujo,
Sumo,
Mas não consigo ter você distante.

Choro,
Grito o dia nublado
Que quero reviver.

Meu céu azul,
Meu dia chuvoso.
Falta a lua da minha noite,
Parada frente ao mar em despedida,
Iluminando o casal que não escolheu se apaixonar,
Mas que ama infinitamente além dos pensamentos.

Barrou o vento nos braços teus,
Guardou-me da chuva no teu abraço,
Me acolheu no teu corpo,
E me protegeu de meus sentimentos.

Senti-me bem,
Completa,
Traidora,
Não posso mais te ter.

Senti-me confusa,
Desnorteada,
Embriagada de sonhos.

Me diz
No que pensava
Enquanto segurava minha mão?
O que passava na sua cabeça
Enquanto eu estava em seus braços?

Um dia nublado,
Você do meu lado,
O quadro perfeito,
Das tintas borradas,
Da tela rasgada,
Dos sentimentos em pedaços,
Que lembram o passado
Que não pode mais ser presente.



Mais ou menos isso ai mesmo... algumas partes mais do que as outras... um tanto confuso nesse universo de sentimentos distintos misturados numa coisa só. É.. um pouco perdida eu diria... enfim... estou buscando tempo pra postar coisas aqui...
Até mais o/

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Eu sou o tempo

Não me confundam,
Minhas previsões não se descrevem
Por sol ou chuva,
Este é o clima.

Não sou eu quem determina
O que vai acontecer,
O que você poderá viver,
Isto é o destino quem faz (ou o acaso),

Eu sou apenas personagem secundário
De infinitas histórias de amor,
Mas não sou eu quem faz as escolhas,
Apenas passo por você e deixo que amadureças.

Mas não me chamem de vida,
A vida tem o tempo,
Mas o tempo não tem vida.
Vivo a vida simplesmente passando.

Ao lado dos ansiosos,
Caminho lentamente.
Ao lado dos calmos,
Passo correndo.

Quando te divertes,
Nem reparas no meu caminhar,
Mas quando estás parado,
Acompanha cada passo meu.

Mas não pense que faço isso
Por pirraça ou maldade,
Porque eu, na verdade,
Sou apenas imutável.

A lembrança faz
Alguns pensarem em mim,
As vezes com ódio,
Pela pressa que passei.

As vezes com saudade,
Dos segundos que marquei,
Enquanto você sorria
E tinha brilho no olhar.

Eu não sou ninguém importante,
Entretanto te faço notar
Tudo aquilo que tem que mudar
Porque eu estive aqui.

Eu sou o tempo,
Um simples acompanhamento
Do ar que infla o pulmão,
Das batidas do coração.

Eu sou o tempo.
Não paro.
Não volto atrás.
Apenas sigo em frente.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Esqueça!

És tão egoista
Me pedindo o impossível,
Me ordenando o que mais dói
Me lembrando ainda mais.

És tão cruel,
Quando me diz para fugir.
Mas a velocidade de meus pensamentos,
Me prende cada vez mais em meu lugar.

Mas és sincero
Quando diz que te machuco,
E queria ser diferente,
Mas sua felicidade não anda comigo.

E mesmo assim,
Digo que te amei.
Com a força que imagina,
Com o sofrimento que me resta.

E cada trilha sua
Agora devo apagar,
Minhas pegadas pelo caminho,
Agora andam sozinhas sem ti.

E mesmo que fujas,
Que cometas erros,
E devolva a dor que lhe causei,
Ainda contigo me preocupo.

E o teu silêncio,
Cheio de palavras,
Sem meu nome,
Me fere profundamente.

Ainda assim, aceito,
Não quero mais me envolver
E me perder
Neste teu mundo caótico.

Mas meu sofrimento não entende,
E te segue com meu olhar,
Cada passo que você dá.
E me junta de novo a ti,
Mas somente em pensamento.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Vício

Meu corpo queima por dentro.
Meu sangue escorre pela alma.
Lembranças de um passado feliz,
Corroem meu presente doentio.

Perdi a vontade de viver,
Entretanto, não tenho pressa de morrer.
Cada segundo,
Cada molécula de oxigênio agregada ao meu ser,
Traz sofrimento sem igual,
E no meu vício,
Me faz suplicar por mais.

O vento gelado em minhas costas,
Traz memórias, que por vezes, gostaria de esquecer,
Mas que também, desejo reviver.
Infidelidade, traindo a mim mesma,
Em pensamentos furtivos.

Não há nada a dizer.
Nenhuma palavra merece liberdade.
Quero-as presas junto a mim,
Me sufocando, me consumindo,
Me corrompendo, me possuindo.

Tornam-se minhas senhoras,
E eu, reles servo,
Às obedeço, e me humilho frente a elas.
Me entrego.

Deixo-as sentirem meus sentimentos
E gritá-los aos quatro ventos.
E quando minhas lágrimas,
Maldita reação dessa dor,
Molham seu papel,
Elas se calam,
Sensíveis a esse toque,
Se desfazem.

Dominando-as novamente,
Guardo no fundo do peito,
Longe de outros ouvidos
Ou de outros olhos.
Tão longe de mim,
Tão perto de meus tormentos.
Caladas novamente,
No infinito dessa dor.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Passos

A cada passo,
Me lembrando daquilo
Que era seguro,
Era mais um segundo que pensava em ti.

Ri sozinha, sentada naquele banco,
Mas também chorei.

Inexplicavelmente,
Necessitava de você junto a mim.
Mas o orgulho que gritava ao meu lado
Me calou.

E então, recolhi-me dentro de mim,
Me protegendo de meus caóticos sentimentos.

E a dor que me cercou e me acompanhou
Em todos os momentos repletos de silêncio,
Vazio dos meus braços.

Ah, essa dor era tão forte,
Que fez em meu coração perdido,
Tempestade e desespero.

E a sua despedida eu gritei,
Sozinha, insana.

E em meu peito,
Sentia a turbulência,
Terror da decisão.

Solidão.
Porque só agora entendi que estive errada.
E que você era minha única resposta,
Alternativa já marcada.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Amnésia

Não posso prosseguir
Com a história que você esqueceu.
Falta-me forças para lembrá-lo de tudo,
Te fazer me amar novamente.

Não sei em que parte do passado
Perdi o amigo que tinha ao meu lado,
Perdi o carinho e o calor dos beijos,
Do amante que estava apaixonado.

Agora restaram conversas banais,
Nada mais de amigo.
Hoje começo a amar outro alguém,
Que ainda se importa comigo.

Cansei das desculpas para falar contigo,
Cansei de tentar te lembrar do sorriso,
Cansei de procurar em ti meu abrigo.
Parto agora sem qualquer juizo.

E as coisas importantes,
Esqueci de avisar.
Esqueci que você precisava saber
Que hoje deixei de te amar.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Somente você


Hoje pensei em te deixar,
Fugir de ti.
Esquecer de te amar,
Ficar aqui.

Hoje machucou a alma
O medo do adeus,
E aos poucos perdia a calma,
Chorando os beijos teus.

Hoje conheci alguém
Que me jurou felicidade.
Hoje quis ver além
E me desliguei da realidade.

E nos passos de outro alguém,
Me perdi.
Mas entendi que não há ninguém
Além de ti.

E entreguei minha vida a você,
E dei a ti todo o meu amor.
E me entregei sem medo de perder,
Tudo aquilo que o tempo nos criou.

Hoje te quero aqui,
Mas não quero nunca mais vê-lo partir.






É isso ai que tá escrito... ou talvez um pouco mais, não sei...
Enfim... as coisas estão se complicando a cada dia que passa...
E a cada dia, menos posso aliviar minha mente com meus textos e poesias... Sempre que puder estarei postando algo... tem feito falta o desabafo.
Até a próxima. o/

domingo, 30 de janeiro de 2011

Cartas de um suicida

II - Para um membro da família

Por tanto tempo você me disse tudo aquilo que me era insuportável de se ouvir, você sempre foi capaz de me ferir com as palavras que dizia... com o desprezo que sempre manteve estampado no olhar. Juro que por um momento, quando me contou aquilo que tanto doeu ( e ainda dói) tentei te entender mais, entender o porque de tudo isso e aceitar, mas eu não ando conseguindo mais.
Todos os dias esfrega em minha face suas falsas verdades, ditas com tanta força, que me faz acreditar em ti, e me rebaixar àquilo que você considera que eu seja.
Busquei diversas maneiras para que pudessemos conviver, ao menos, em paz. Tentei te ignorar, te entender, até concordei contigo, mas nada disso funcionou no final, porque além da dor que você me causava naturalmente, a ideia de que eu me tornava cada vez mais aquilo que você dizia pelo simples fato de concordar contigo e abaixar a cabeça quando gritavas comigo, me corroia por dentro, nunca suportei sua manipulação diante todos, mas mesmo assim, por um tempo, deixei que fizesse isso comigo pra ver se assim, você talvez pudesse me aceitar como eu sou (ou como você queria que eu fosse).
E por tantas vezes, eu, criança inocente, deixava de dormir ouvindo suas discussões, sentindo a culpa de tudo aquilo jogada nas minhas costas sempre que ouvia meu nome em meio aos seus gritos, seguidos sempre de palavras que me tiravam o pouco valor que eu achava que tinha pra ti. E se muitas vezes fui a culpada de não deixar-te partir, tantas outros fui motivo para que quisesses partir, afinal, te decepcionei de maneira inigualável, não é mesmo?!
E desta vez não falo isso com a ironia que sempre pensas que eu expresso em cada palavra, mas ao contrário, falo com a dor que você sempre marcou em mim. Sempre sonhei em ser a sua princesinha, mas parece que não tenho o dom pra isso... e quando me dizia que quando eu crescesse poderíamos ser amigas, confidentes.... mas você nunca me deu essa abertura não é mesmo?!
Você não faz ideia de quantas coisas guardei em meu peito, porque aquilo era pra ser falado apenas contigo, planejei, diversas vezes, um modo, muitas vezes desesperado, de me aproximar de ti, mas todos, no final, foram falhos... não tive força para seguir em direção aos seus gritos para tentar encontrar seu coração. Desta vez admito: eu falhei. E falhei por medo, porque eu sabia que cada segredo meu, lhe era, além de motivo de gozação, algo tão fútil, que não merecia o seu silêncio, e sim suas palavras soltas para todos ao redor.
E por quantas vezes meu coração acelerado, gritava o medo de que você fizesse a mesma coisa que eu sempre desejei fazer (e que hoje, espero conseguir), quando se trancava sozinha, bebada, talvez drogada, não sei, nunca te conheci o suficiente pra isso, e eu temia por sua vida, porque a ideia em minha cabeça sempre foi tão acesa, que achava que você também o queria (e mais tarde descobri que realmente desejava isso), toda vez que pensava isso, afundava a cabeça no meu travesseiro e tentava dormir, na esperança de ao acordar, isso tivesse sido apenas um sonho ruim, ou talvez, acordar e ver que tudo tinha acabado, e tentar não me sentir culpada por isso também...
É tão complicado falar de você, poderia ficar aqui eternamente escrevendo todas as minhas frustrações diante da sua pessoa, mas já é chegada a hora de findar toda essa história não é mesmo?!
Nunca pude te conhecer, mas não sei se me arrependo disso...
Mas agora, realmente nada mais me importa... tudo isso ficará guardado aqui... e eu seguirei para longe...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Soneto sem censuras


Te como com os olhos,
E quando possuo o seu corpo,
Tão facilmente me apaixono.
Mas amanhã não te desejo mais.

Eu sinto o seu calor,
E me refresco no teu ser,
E mato minha sede com tua saliva.
Está noite me és único.

Mas não te acostumas.
Ao amanhecer não haverá mais nada
Ligando você em mim.

Sussurre em meu ouvido um simples adeus (sem qualquer sentimento),
E desapareça.
Não mais desejo que sejas meu.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Hoje

Hoje, pela primeira vez, senti tua falta,
Falta de te fazer carinho em meus braços,
Falta dos beijos e mordidas,
Falta do calor do teu corpo junto ao meu.

Hoje, pela primeira vez, derramei uma lágrima,
Lágrima que há muito tempo eu guardava.
Lágrima que escondida ficava,
Guardando a dor de não te ter.

Hoje, pela primeira vez,
Digo que amo alguém,
E descobri que sem você,
Não sou ninguém.

Dói no meu peito, a incerteza do futuro
E a cada dia a mais em minha vida,
Te sinto menos dentro de mim.
E choro.

Dependente de ti,
Não suporto te ver sumindo,
Com tanta facilidade,
Do meu coração ( e do pensamento).

Hoje, pela primeira vez, não pensei em ti ao acordar.