sábado, 15 de janeiro de 2011

Necessidade

As vezes, em momentos como agora,
Penso que deveria esquecer-te de vez,
Aproveitando que aos poucos
Sua essência se esvai de dentro de mim,
Mas não consigo.

Por mais que eu entenda
Que no caminho que eu escolhi,
Nesta estrada em que estou andando agora,
Não cabe mais ninguém além de mim,
Te desejo.

E este desejo dentro de mim
É bem mais forte do que eu posso sentir,
E muito mais persistente do que os outros
Que aos poucos foram sumindo,
Até se apagarem totalmente de minh'alma.

Este desejo de ti
É o combustível do meu dia a dia,
A fonte de minha agonia
E inspiração.
E cada vez mais, necessito desejar-te.

É como o pássaro que, no inverno,
Migra em busca do sol.
É como os ursos que hibernam
Até o fim do frio que os cerca.

Me acorde deste inverno com o teu calor.
Leve minha vida contigo,
Respire todo o ar que eu respiro,
Para que, ao menos,
Minha morte esteja impregnada
Na tua vida, no teu ser,
E nada mais.

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